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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Príncipe do Bahrein diz que cancelar GP apenas 'fortaleceria extremistas'


Bernie Ecclestone Bahrein (Foto: Getty Images)

Al Khalifa, ao lado de Bernie Ecclestone, no Bahrein (Foto: Getty Images)

O príncipe herdeiro do Bahrein, Salman bin Hamad bin Isa Al Khalifa, rechaçou qualquer possibilidade de cancelar o GP do Bahrein, apesar da preocupação crescente no paddock sobre a segurança de equipes e pilotos durante o fim de semana. Nesta sexta-feira, a Force India decidiu não participar da segunda sessão de treinos livres para retornar ao hotel antes de escurecer na ilha do Oriente Médio, após presenciar conflitos na estrada na quarta-feira. A Sauber também revelou ter visto incidentes a caminho do hotel na noite desta quinta.
- Acredito que cancelar somente fortaleceria os extremistas. Para nós que estamos buscando uma saída para o problema político, ter a corrida nos permite construir uma ligação entre as comunidades e leva as pessoas a trabalharem juntos - disse Al Khalifa, em entrevista coletiva no paddock ao lado do chefe comercial da F-1, Bernie Ecclestone.

A instabilidade política e os conflitos se intensificaram nos últimos meses na ilha do Oriente Médio. Os manifestantes pleiteiam reformas democráticas, a queda do governo do Rei Hamad e condenam a disputa do GP de F-1 enquanto os conflitos não cessarem. Um grupo de manifestantes prometeu “três dias de fúria” para este fim de semana. Radicais defendem uma mobilização para um "Grande Prêmio de sangue". Para o príncipe, a realização da prova será positiva para a nação barenita.
- Isso permite à gente celebrar nossa nação como uma ideia positiva, não divisiva. Ter a corrida previne extremistas de fazer o que eles precisam para chamar a atenção do mundo - afirmou o xeique.
Na noite de quarta-feira, um carro com quatro mecânicos da escuderia indiana foi forçado a parar em razão de protestos entre manifestantes e polícia, em uma estrada a caminho da capital Manama. Um coquetele molotov explodiu próximo ao carro, mas ninguém ficou ferido.
- Eu posso garantir, absolutamente, que qualquer problema que puder acontecer não está ligado a F-1. Isso só mostraria que há pessoas que estão querendo apenas causar caos - declarou o príncipe.
Al Khalifa reconheceu que a ilha do Oriente Médio vive um momento conturbado, mas afirmou que seria errado evitar realizar eventos em razão deles.
- Espero que vocês entendam que, ao contrário do que tem sido passado, nós não estamos tentando ser perfeitos. Nós somos um país real com problemas reais. Realmente acredito que esta corrida é uma força para o bem - concluiu.

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