
Manifestantes exibem cartazes contra F-1 no Bahrein (Foto: AFP)
Um homem foi morto no Bahrein neste sábado durante confronto entre manifestantes e policiais na cidade de Shakura, ao norte da capital Manama. O corpo de Salah Abbas Habib, 37 anos, foi encontrado poucas horas depois de ele ter participado de um protesto contra o governo do Rei Hamad. O grupo de oposição Wefaq afirma que Habib foi morto pelas forças da polícia local e o classificou como “Mártir da F-1”. É a primeira morte noticiada durante a realização do GP do Bahrein. O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, minimizou o episódio.
- Nós sabemos que protestos podem ter resultado negativo. Nós somos uma organização de automobilismo. Você pode ter diversos protestos e pode haver consquências. E eu não posso assegurar que os protestos não aconteceriam caso o GP não fosse realizado – disse o francês à rede de TV inglesa "BBC".
A ilha do Oriente Médio teve mais uma madrugada intensa. Opositores do governo pleiteiam reformas democráticas e condenam a disputa da F-1 no país em um momento tão delicado. Manifestantes afirmam que o governo usa a corrida de forma política e prometeram "três dias de fúria" para este fim de semana, enquanto radicais defendem uma mobilização para um "Grande Prêmio de Sangue". De maioria xiita, o Bahrein é governado pelo Rei Hamad, pertencente à dinastia sunita. Em 2011, o GP do Bahrein estava programado para abrir o mundial de F-1 no dia 13 de maio. Entretanto, em razão da instabilidade política na região - semelhante ao cenário encontrado este ano -, os próprios promotores anunciaram a não realização da prova a três semanas da data prevista.
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