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domingo, 18 de dezembro de 2011

Desastre natural em Fukushima matou milhares de pessoas (TORU YAMANAKA/AFP)

O governo federal estuda usar as redes de telecomunicações do país para enviar alertas de risco de desastre natural. A ideia é que, em caso de perigo, um sinal seja enviado para a torre de telefonia da região, que acionaria todos os celulares a ela conectados com um aviso de alerta e a indicação para onde ir.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, afirmou que há um teste em andamento em local de grande incidência de chuvas e deslizamentos na Grande São Paulo. Para o sistema funcionar, é necessário fazer o estudo geotécnico da região em risco. Até 2014, o governo espera ter feito a análise de todas as 250 áreas de forte risco de deslizamento. Atualmente, apenas 56 têm o estudo completo.

Mercadante anunciou outras medidas para evitar mortes em episódios de chuvas intensas. A mais imediata foi o Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, prometido para novembro, que começou a funcionar em esquema de plantão a partir de ontem. Em 2012, o governo prevê a compra de 2.800 pluviômetros para serem instalados em regiões de risco e nas comunidades, que deverão ser treinadas a ler o medidor e a identificar os níveis perigosos.

Mortes
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do ministério, Carlos Nobre, disse que não há registro no mundo de sistema eficiente o bastante para evitar mortes por desastres naturais. Segundo Nobre, é possível reduzir a chance de morte em 80%, contando com uma Defesa Civil eficiente e com um nível de conscientização da população mais elevado. 

Na quinta-feira, o ministro da Ciência e Tecnologia afirmou no Senado que o governo não tem como impedir mortes por causa de deslizamentos e enchentes. No Brasil, 58% dos desastres naturais são provocados por inundações, e 11% por escorregamentos -sendo esta última a principal causa de mortes.

Mesmo assim, segundo Mercadante, o sistema de alerta – criado depois da tragédia da chuva no Rio de Janeiro – já evitou mais mortes este ano em áreas de risco. Em Santa Catarina, em setembro, o governo emitiu alertas de chuvas fortes e 200 mil pessoas foram retiradas de áreas críticas.

“Mais de 900 mil pessoas foram atingidas por essas chuvas, o nível do Rio Itajaí chegou a subir 13 metros e nenhuma pessoa morreu por causa da inundação. Em 2008 morreram mais de 160”, comparou.

E agora

ENTENDA A NOTÍCIA

Em audiência na última quinta-feira no Senado, o ministro da Ciência e Tecnologia admitiu que apesar dos esforços do governo, mais pessoas morrerão nos próximos meses no país vítimas de desastres naturais.

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