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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Marin se defende da 'espiadinha' na lista de Londres: ‘Não vou interferir’


Rubens Lopes, Marin e Marco Polo del Nero na CBF (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Marin entre Rubens Lopes (e) e Del Nero (d) nesta sexta na CBF (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

A declaração do presidente da CBF, José Maria Marin, de que cobrará de Mano Menezes a lista final para os Jogos de Londres 48 horas antes dela se tornar pública causou polêmica. O dirigente, no entanto, não vê problema algum. E resolveu se defender, garantindo que nunca irá interferir em qualquer convocação do treinador.

- Jamais irei interferir em qualquer convocação, muito menos em escalação. Mas é a minha obrigação cobrar. Senão, estaria sendo omisso. Não desejo vetar ninguém, mas é perfeitamente normal, para quem acompanha futebol 24 horas por dias, ver a lista antes. A responsabilidade é de todos. O Mano tem sua responsabilidade, o Andrés (Sanches) tem responsabilidade e eu tenho responsabilidade. Verificar a lista antes é perfeitamente normal.

Marin lembrou de uma situação que ocorreu antes da Copa do Mundo de 1986. Na ocasião, ele era chefe da delegação brasileira. No dia do embarque para o México, o lateral Leandro, do Flamengo, não compareceu ao embarque, em protesto contra o corte do atacante Renato Gaúcho.

- Chefiei a delegação de 1986. Teve um problema. Na ocasião, o Leandro – um dos maiores jogadores do Brasil – não compareceu ao embarque. No café da manha a imprensa veio perguntar qual seria a solução para o caso do Leandro, que passava por uma fase espetacular. O Telê (Santana) falou que iria estudar o caso. Intrometi-me. Não era caso da comissão técnica. Era um caso de disciplina. Disse que o Leandro não fazia mais parte da Seleção Brasileira. O substituto eles poderiam escolher, não dei pitaco algum. Mas disciplina é outro caso. Não fui ao México para passear – recordou.

Como presidente do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, Marin voltou a dizer que a prioridade é a construção de uma Seleção Brasileira, e não a organização do Mundial de 2014.

- A construção de todas as arenas é muito importante, mas a construção maior, que envolve toda população, é a construção de uma grande seleção. Vamos ver se transformamos a tristeza de 1950 em uma grande alegria em 2014.

Questionado, mais uma vez, se os resultados da Seleção Brasileira nos Jogos de Londres serão decisivos para a permanência do técnico Mano Menezes, Marin reiterou confiança no técnico da equipe canarinho, mas repetiu a frase que vem usando constantemente: “o futuro a Deus pertence”.

- O Mano desfruta da minha inteira confiança pelo seu currículo, pelo seu caráter, pelo o que já apresentou no passado. Não há razão para haver qualquer especulação (sobre a saída do treinador). Mas em qualquer equipe do mundo, não só na Seleção ninguém pode garantir a permanência de um treinador. O que garante técnico são os resultados. Mas o Mano pode trabalhar com tranquilidade... o futuro a Deus pertence. Mas queria Deus que ele tenha um bom desempenho em Londres. Mas não tem nada disso de que ele precisa ser campeão. Vamos ver o que vai acontecer.

O Centro de Treinamentos da CBF, que seria ser construído na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, visando a Copa do Mundo de 2014, pode não sair do papel. Nesta sexta, Marin revelou que o solo do terreno enfrenta problemas e o custo dos gramados seria muito alto. No entanto, Marin pediu um tempo para analisar o caso.

- Estou há um pouco mais de 30 dias no cargo. Além disso, já viajei pelo Brasil e para o exterior. Não tive tempo para avaliar a questão do Centro de Treinamento. Mas sei que temos um problema muito sério com o solo do terreno e teríamos de gastar uma fortuna no local. Mas preciso de um tempo para avaliar melhor a questão.

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