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Ar corre na direção contrária no complexo e inovador duto da Mercedes (Foto: Arte/TV Globo)

Ar corre na direção contrária no complexo e inovador duto da Mercedes (Foto: Arte/TV Globo)
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Mercedes colheu, no treino classificatório deste sábado, seus primeiros frutos com o polêmico e inovador duto aerodinâmico acionado pela asa móvel. No veloz circuito de Xangai, a escuderia conquistou sua primeira dobradinha desde que retornou à F-1, em 2010: Nico Rosberg foi o pole e Michael Schumacher ficou com o segundo lugar. O sistema - contestado por diversas equipes - tem funcionamento complexo, explicado pelo comentarista de F-1 da TV Globo, Reginaldo Leme, no vídeo ao lado.
Quando o piloto aciona o botão no volante, a asa móvel abre e deixa expostas entradas dos dutos nas laterais do aerofólio traseiro. O ar entra pelos dutos, percorre toda a carenagem - em sentido contrário ao do fluxo de ar que passa pelo carro - e sai na asa dianteira. Os dutos jogam o ar de cada lado dos aerofólios frontais, para que ele perca a função aerodinâmica na reta, fazendo com que o carro da Mercedes ganhe mais velocidade.
A novidade é mais efetiva nos treinos, quando o acionamento do DRS está liberado em todo o circuito. Na corrida, com o uso restrito para ultrapassagens e somente em área demarcada, o ganho não é tão grande.
A inovação da Mercedes gerou uma onda de protestos das equipes rivais. RBR e McLaren se queixaram na imprensa e fizeram uma consulta à FIA, mas sem efeito. A alegação das equipes rivais é que o duto da asa traseira usaria a influência do piloto (quando aciona o DRS), mas a FIA rechaçou esta possibilidade.
A alegação é que o duto é ativado pelo piloto ao acionar a DRS, configurando uma violação ao regulamento. Como justificativa, as escuderias compararam o sistema aos "F-Ducts", utilizado em 2010 por algumas equipes, que era acionado pelos pilotos (com a mão, braço, ou perna, dependendo de cada equipe), e foi banido pela FIA por medidas de segurança. Na China, a Lotus fez um protesto formal contra a asa traseira da Mercedes na quinta-feira, mas os comissários rejeitaram o protesto.
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