
Diego Hypolito já está liberado para fazer exercícios físicos (Foto: Lydia Gismondi / Globoesporte.com)
Em sete anos, cinco cirurgias. Aos 25 anos, Diego Hypolito acumula longa experiência no esporte e no tratamento de lesões. Depois da quinta operação, realizada há duas semanas no joelho direito, o ginasta brasileiro comemora a boa reabilitação. O sucesso da artroscropia não só fez o atleta respirar aliviado como também trouxe segurança para uma decisão que estava adiando faz tempo. Além do solo, ele confirmou que disputará a prova de salto dos Jogos Olímpicos de Londres-2012.
- O movimento está totalmente perfeito, até melhor do que o do outro joelho. Não sinto dor. Fui bastante dedicado nesse momento da reabilitação. Não deixei nenhum dia de tratar. Isso ajudou muito. Mas acho que já estou acostumado. Essa é a minha quinta cirurgia. Eu não lidei isso como um sofrimento. Muito pelo contrário. Isso só me motivou mais a me superar - garantiu Diego, que reveleu apenas ainda sentir medo da anestesia geral.
Há duas semanas, no dia 16 de março, o ginasta foi submetido a uma artroscopia no joelho direito, no Hospital Samaritano, em São Paulo. A cirurgia tinha como objetivo corrigir uma pequena lesão no menisco, que estava fazendo Diego sentir muitas dores. A operação foi considerada um sucesso e, na última quarta-feira, o médico Wagner Castropil retirou os pontos do atleta e o liberou para os exercícios físicos. Os treinamentos no solo, porém, deverão ser retomados no dia 9 de abril.
- O Castropil, médico que me operou, me passou um resultado extremamente positivo. Me mostrou visivelmente como ele ficou satisfeito com a evolução do meu joelho. Lógico que a gente tem sempre que esperar no mínimo essas três semanas por ser o menisco. Mas, com certeza, pela evolução, eu poderia voltar até antes dessa data - afirmou o ginasta, que pretende voltar às competições entre os dias 27 e 29 de abril, na etapa de Osijek (Croácia), da Copa do Mundo.
O problema no joelho direito é apenas uma das lesões que o ginasta brasileiro tem enfrentado nos últimos anos. A primeira delas foi em 2005, no pé direito. Em 2008, também no joelho direito. No ano seguinte, no ombro esquerdo e, em 2010, no pé esquerdo.
A lesão deste ano é exatamente igual, e no mesmo lugar, da sofrida 2008, também nas vésperas dos Jogos de Pequim. Na ocasião, o ginasta também passou por uma artroscopia no joelho direito e precisou correr contra o tempo para disputar as Olimpíadas. Desta vez, porém, ele garante que a rcuperação está sendo melhor.
- Foi uma cirugia bastante simples, similar à de 2008, e em um tempo bem parecido. Mas é importante frisar que, dessa vez, a recuparação foi muito boa, até melhor do que a de 2008. No mesmo dia, já estava no trabalho de fisioterapia. A lesão é a mesma, de menisco. Mas achei que o meu corpo respondeu muito melhor, não inchou, não teve edema, que era o que poderia atrapalhar mais - explicou.
Principal nome da ginástica masculina do país, Diego está classificado para o solo e para o salto nos Jogos de Londres, mas o ginasta ainda estava na dúvida se iria disputar a segunda prova. Embora as chances de medalhas sejam bem menores, ele decidiu entrar na briga.
- Não é que eu tinha uma dúvida, mas pensava até aonde era importante disputar o salto em função da lesão do ombro esquerdo. Vou competir o salto sim nas Olimpíadas. A gente teve até uma reunião há dois dias para falar sobre isso, para não perder a reabilitação no ombro, pois não vou deixar de competir o salto - afirmou.
Além dele, Arthur Zanetti tem vaga assegurada nas argolas. O Brasil conseguiu também uma vaga no individual geral, mas a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) ainda não escolheu o representante. O mais cotado é Sergio Sasaki.
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