Convidado do "Redação SporTV" desta quinta, Renato Maurício Prado concordou que o rendimento do Brasil em Jogos Olímpicos evoluiu, mas não acompanhou o montante do investimento: de R$ 17,4 milhões em 2001, foram repassados em 2010 R$ 142,7 milhões ao Comitê Olímpico Brasileiro. Dinheiro da Lei Piva, correspondente a 2% do faturamento das loterias federais.
- Mas se você pegar a curva do investimento e a curva do rendimento, a do rendimento é muito mais lenta. Não sei se em 2016 a gente dê esse salto. Tomara que sim. Que aliás, o Nuzman (Carlos Arthur) prometeu quando assumiu o COB, transformar o Brasil em potência olímpica.
Para Telmo Zanini, outro convidado do programa, a questão básica está na massificação do esporte. O comentarista usou um exemplo regional. Na Zona Sul do Rio de Janeiro, ele não consegue encontrar um lugar público para jogar basquete.
- Ou se massifica o esporte ou nunca seremos uma potência olímpica. Por que Cuba tem 10 milhões de habitantes e o Brasil quase 200, e tem um resultado esportivo tão bom? Temos que parar de demagogia, ficar falando em medalha. Eu quero ver é o esporte praticado pela massa no país. Você vai para lugares menores, menos desenvolvidos, não consegue praticar nada, não tem cultura esportiva. Tem que parar de blá-blá-blá e fazer cultura esportiva desde a base, desde a escola. Se não, não vai mudar isso nunca - disse Telmo
Renato Maurício Prado lembrou do caso do tênis, que não aproveitou o fenômeno Gustavo Kuerten para descobrir novos valores nas quadras:
- Não tinha lugar em escolinhas de tênis tamanho foi o boom. Mas eram escolinhas de tênis em clubes privados. Se tivesse feito massificação naquela época - nós estamos falando em 97, 15 anos já - nós teríamos frutos. Não foi feita. O que o COB faz muito aqui é desenvolver o esporte de ponta. Mas massificação, infelizmente não ocorreu - disse o comentarista.
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