Os chefes diplomáticos árabes pediram neste domingo (22) ao presidente sírio, Bachar al-Assad, que delegue "prerrogativas ao vice", e a formação de um governo de união nacional em dois meses, segundo um comunicado divulgado após uma reunião no Cairo.
Os chanceleres pediram a Assad que "delegue prerrogativas ao vice-presidente para negociar com um governo de união nacional", que deve ser formado "em dois meses", segundo o comunicado, lido pelo premier do Qatar, xeque Hamad ben Jasem al-Thani, durante uma entrevista coletiva.
A Liga Árabe buscará agora o apoio da ONU às suas iniciativas. "Informaremos a ONU sobre o conjunto de resoluções da Liga, com vistas à sua aprovação", disse Al-Thani.
O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, explicou na coletiva que a organização busca o apoio da ONU para dar "mais peso" a seu plano de saída da crise na Síria.
Al-Thani explicou, posteriormente, que "a nova iniciativa árabe aprovada pelos chanceleres tem como objetivo uma saída do regime sírio de maneira pacífica". O líder do Qatar expressou seu desejo de que o governo sírio aceite um plano "parecido com o do Iêmen", que permitiu um acordo para a saída do presidente Ali Adbullah Saleh.
A organização pan-africana decidiu ainda prorrogar sua missão de observadores na Síria, apesar das críticas por não ter conseguido interromper a violência naquele país, horas depois de a Arábia Saudita ter anunciado a retirada de seus observadores.
Os chanceleres pediram ainda a nomeação de um "enviado especial" à Síria, encarregado de acompanhar os acontecimentos naquele país. Nesse contexto, os ministros árabes pediram ao "governo sírio e a todas as correntes de oposição que se comprometam com um diálogo sério, sob a supervisão da Liga Árabe, em um período não superior a duas semanas, para alcançar o objetivo de formar um governo que una o poder e a oposição".
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