A chanceler alemã, Angela Merkel, disse neste sábado (14) que o rebaixamento da nota de risco de nove países europeus promovido pela Standard & Poor's (S&P) levará os líderes do continente a implementar medidas de socorro mais rapidamente. "Temos agora o desafio de implementar um acordo fiscal ainda mais rapidamente (...) e fazer isso de forma decidida, sem tentar atenuar a questão", disse.
A chanceler alemã Angela Merkel durante convenção do Partido Democrata Cristão (CDU), neste sábado (14), em Kiel (Foto: Fabian Bimmer/Reuters)
"A decisão confirma minha convicção de que temos um longo caminho à frente antes que a confiança do investidor retorne", disse a chanceler durante uma reunião dos conservadores na cidade de Kiel, no norte da Alemanha. "Estamos comprometidos em implementar o pacto fiscal de maneira mais rápida."
No entanto, a chanceler alemã disse que também está claro que faltou um comprometimento mais determinado com o caminho de ter uma "moeda estável, finanças sólidas e crescimento duradouro".
"Também trabalharemos particularmente para implementar o mecanismo de estabilidade permanente, assim que possível -- isso é importante em relação à confiança do investidor."
Merkel lembrou que a S&P é apenas uma das três agências de classificação de riscos mais importantes do mundo e que a sua iniciativa "não foi uma completa surpresa".
Declaração parecida foi feita pelo
primeiro-ministro da França, François Fillon, neste sábado, ao dizer que o rebaixamento do país já era uma notícia "esperada". Para ele, no entanto, a notícia não deve ser “dramatizada” nem “subestimada”.
Rebaixamento
Na sexta-feira, a S&P anunciou o rebaixamento das notas de risco de nove países europeus. Com isso, França e Áustria, tiveram suas notas rebaixadas de "AAA" para "AA+".
Esses dois países detinham, até então, as notas mais altas na escala da agência, o que significa que suas dívidas representavam praticamente nenhum risco aos tomadores.
Com a redução, apenas quatro países entre os 17 da zona do euro têm, agora, a classificação “AAA”: Alemanha, Holanda, Finlândia e Luxemburgo.
(Com informações do Valor Online, Reuters e da France Presse)
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