Rafael Sobis disputará em 2012 a quarta Libertadores de sua carreira (Foto: Nelson Perez/FluminenseF.C.)
Três participações, dois títulos e três gols em decisões pelo Internacional. Nas Laranjeiras, Rafael Sobis pode ser considerado uma espécie de 'Senhor Libertadores'. Perto de vestir a camisa do Fluminense pela primeira vez na competição sul-americana, o atacante falou um pouco de sua relação com o principal torneio do continente. E mostrou humildade ao fugir do rótulo de iluminado.
- Quem tem de falar isso são os outros. Minha função é entrar em campo e fazer os gols. Sempre tive felicidade, sorte, competência, talvez um pouco de tudo isso para fazer três gols em finais e ainda sair campeão - avisou o camosa 23.
Confira abaixo um rápido bate-bola com o atacante tricolor sobre a Libertadores.
O que faz a diferença em uma Libertadores?
Além de ter um time bom e preparado, acho que a maturidade é essencial. É uma competição em que dificilmente você vai jogar bonito. O importante é vencer. O 1 a 0 pode ser muito importante em certas ocasiões. A libertadores pede experiência e inteligência.
Considera-se um iluminado nessa competição?
Não sei. Quem tem de falar isso são os outros. Minha função é entrar em campo e fazer os gols. Sempre tive felicidade, sorte, competência, talvez um pouco de tudo isso para fazer três gols em finais e ainda sair campeão. São dados importantes para mim que me deixam ainda mais otimista para fazer uma boa Libertadores em 2012.
Em 2011, os brasileiros que foram eliminados - Fluminense, Cruzeiro, Grêmio e Internacional - cairam para equipes uruguaias, colombianas, paraguaias e chilenas. Como vê essa descentralização? Antes o perigo pareciam ser os argentinos e os próprios brasileiros...
Falam que nos estaduais os pequenos estão crescendo e no futebol internacional é a mesma coisa. Não tem mais bobo. Todos os times se preparam, tem estrutura e os melhores profissionais a sua disposição. Hoje todos assistem futebol, sabem quem é quem e cada vez vai ser pior, mais difícil. Você vai à Bolívia, no Peru, e leva sufoco. Seja pela altitude ou por outros fatores. A cada ano que passa a Libertadores está mais difícil.
Qual a maior dificuldade da competição?
Acho que não conhecer o adversário é desculpa. Você pode até nunca o ter enfrentado, mas já viu vídeos e recebeu informações. A internet está aí para isso. É uma boa pergunta. Existem vários fatores, como a catimba, a altitude, o fator local... Cada jogo tem a sua dificuldade, e alguns têm todas elas juntas. Mas acho que na Libertadores o mando de campo conta muito.
Já pensou na chance de um clássico ou então dois brasileiros na final?
A chance de ter um clássico carioca é grande. São três equipes. Até mesmo um clássico brasileiro contra Corinthians, Santos, Internacional... É até difícil falar o que é mais perigoso, enfrentar um brasileiro ou um argentino, por exemplo. O segredo é tentar ter a melhor campanha na primeira fase para decidir sempre em casa. Acho até possível uma final com dois brasileiros. Os times estão muito bem preparados. Acho que o Brasil nunca entrou tão forte na competição como agora.
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