Eddie Jordan gostaria que Barrichello parasse de
correr (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)
A possibilidade de Rubens Barrichello ingressar na Fórmula Indy nesta temporada tem dividido opiniões entre personalidades do automobilismo. Nessa segunda-feira, em Londres, três figuras diretamente ligadas à história do piloto brasileiro na Fórmula 1 comentaram a hipótese, durante a realização do Prêmio Laureus, e tiveram opiniões divergentes: Eddie Jordan, David Coulthard e Emerson Fittipaldi.
Primeiro chefe de Rubinho em suas 19 temporadas na Fórmula 1, Jordan se mostrou totalmente contrário à troca de categoria e o orientou a aposentar-se:
- Amo o Rubens. Nossa história começou quando ele tinha somente 19 anos de idade. Adoro a família dele, os pais, e acho que ele deveria se aposentar com dignidade. Entendo a posição da família por estar preocupada com essa possibilidade de ir para Indy. Não vou falar que é perigoso, pois conheço pilotos que tiveram ótimas experiências, se divertiram. Mas o Rubens já teve uma carreira inacreditável. Passou pela Jordan, Ferrari, Williams... Deveria estar feliz por ter construído uma história tão impressionante. Gostaria que ele se aposentasse – disse, para depois refutar, fazendo o sinal da cruz com as mãos, qualquer possibilidade de o brasileiro seguir na Fórmula 1.
Mais político, David Coulthard optou por apoiar o amigo. Contemporâneo de Barrichello, o escocês desejou boa sorte, caso a possibilidade de concretize.
- Depois de 19 temporadas na Fórmula 1, evidentemente as oportunidades chegaram ao fim. Desejo muita sorte a ele nos Estados Unidos. Tivemos ótimo relacionamento durante toda minha carreira e sei o quanto ele é apaixonado por automobilismo.
Emerson Fittipaldi diz que risco é maior, mas que Barrichello pode se divertir na Indy (Foto: Getty Images)
Campeão mundial tanto na Fórmula 1 quanto na Fórmula Indy, além de ser bicampeão da tradicional 500 milhas de Indianápolis, Emerson Fittipaldi deixou a decisão a cargo de Rubinho, mas o alertou sobre os perigos da categoria.
- Depende do coração dele. Se está motivado para acelerar, continuar, é uma alternativa legal. Hoje a Indy é um pouco diferente de quando eu guiei, mudou muito. O oval hoje está pior do que antes. São três, quarto carros lado a lado. O risco é maior, mas é um risco que ele sabe que precisará assumir. Ainda assim, acho que ele pode se divertir fazendo o que mais gosta. Eu mesmo não consigo ficar longe do automobilismo, vou morrer perto.
Na semana passada, Rubinho fez testes na equipe KV Racing, da Fórmula Indy, e recebeu o apoio do amigo Tony Kanaan, que compete na categoria.
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