Em todo ano de Jogos Olímpicos a história se repete no Brasil. Atletas apontados como favoritos a medalha de ouro precisam corresponder às expectativas da torcida e da imprensa esportiva. Baseados no título da judoca Mayra Aguiar no Grand Slam de Paris, neste domingo, e na opinião de Sergei Bubka, que apontou Fabiana Murer como candidata ao pódio no salto com vara nos Jogos de Londres, os analistas convidados do "Redação SporTV" desta segunda-feira dividiram opiniões sobre a pressão exercida nos atletas.
Gerente do Sistema Globo de Rádio, o jornalista Gilmar Ferreira tem receio em criar expectativas em torno dos atletas que competem pressionados pela conquista do ouro.
- A medalha de prata já não serve. Fica com gosto de frustração. A Mayra é um fenômeno, é isso, é aquilo. A gente tem que ir com calma. Temos um representante no judô, um no tênis, um no atletismo. Isso canaliza uma pressão nestes atletas. E vira um fardo muito pesado para que eles nos representem nas Olimpíadas - disse Gilmar.
Para Carlos Eduardo Eboli, da rádio CBN, a cobrança aos atletas de ponta é natural, já que é baseada em uma sequência de resultados positivos.
- Para acabar com essa história de "ah, o brasileiro amarela na hora da final". O que acontece é que em uma final olímpica ou de campeonato mundial o detalhe pesa. Chegar à final já é um grande feito. Alguns atletas brasileiros já fazem parte da elite. Se vão conquistar medalha, já é outra história - disse Eboli.
O comentarista destacou Mayra Aguiar como grande esperança de medalha em Londres e elogiou o judô feminino, sob o comando da técnica Rosicleia Campos.
- Vem fazendo um trabalho espetacular. Quebrando tabus, medalhas inéditas, medalhas em olimpíadas, em campeonato mundial. O judô feminino chega muito forte nas Olimpíadas de Londres. Não só o feminino, mas o masculino também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário