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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Polícia ouvirá porteiros de prédio de mulher morta em Mairiporã


A Polícia Civil deverá ouvir nesta sexta-feira (20) os depoimentos de seis porteiros do prédio onde morava a dona de casa Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, encontrada morta na estrada Santa Inês, em Mairiporã, na Grande São Paulo, no sábado (14).
Nesta quinta (19), a delegada Claudia Patrícia Dalvia, que investiga o caso, informou que um profundo corte do pescoço é a provável causa da morte de Geralda. O laudo do exame necroscópico feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) só será divulgado na segunda (23).
Para fazer o corte no pescoço e, posteriormente, extrair a pele do rosto da vítima, o executor pode não ter utilizado instrumentos cortantes afiados. “Pode ter sido um caco de vidro ou uma faca cega, pelo tipo de corte feito”, afirmou Claudia.


De acordo com a delegada, a possível sequência da morte da dona de casa é a seguinte: primeiro ela foi sedada, em seguida morta com o profundo corte no pescoço e só depois teve o rosto desfigurado, com a pele e os olhos arrancados. Pela quantidade de sangue encontrado junto à Pedra da Macumba, onde o corpo foi localizado, na Estrada de Santa Inês, já em Mairiporã, a vítima deve ter sido morta no local.
Também foi encontrado sangue no tampão do porta-malas do carro da mulher, mas tudo indica que as manchas foram geradas por algum tecido ensanguentado. E todo o procedimento para executá-la pode ter durado entre 5 a 20 minutos, na estimativa da perícia.
Na véspera de morrer, Geralda usou o computador para buscar informações sobre um veneno contra rato conhecido como chumbinho e sobre a morte de pessoas que ingeriram o produto, segundo as investigações. A polícia aguarda o laudo da perícia para saber se um dos frascos encontrados no carro dela tinha restos dessa substância.
Cortes
Pela prévia à qual ela teve acesso, também já é possível afirmar que os cortes no rosto da vítima foram feitos por alguém com alguma prática no manejo de instrumentos cortantes, como facas ou bisturis, mas que não se trata necessariamente de um especialista, como um cirurgião, por exemplo. A prévia indica ainda que a vítima também foi golpeada pelas costas, mas em momento algum esboçou reação, o que reforça a possibilidade de ela ter sido sedada antes de ser atingida.
Nesta quinta, tanto o padre da paróquia frequentada pela dona de casa quanto uma amiga da vítima foram ouvidos pela delegada. Ambos informaram à polícia que a mulher era uma pessoa muito religiosa e que não tinha qualquer contato com seitas de outras religiões. Uma terceira pessoa, que não teve a identidade revelada, será ouvida ainda nesta quinta, segundo a delegada.
A delegada também já havia analisado a lista de ligações telefônicas feitas por ela. O documento mostra que Geralda não conversou com nenhum desconhecido no dia em que foi morta. “No dia 13 ela só fez contato com o filho pelo celular. Também não recebeu nenhum telefonema, a não ser da residência no horário em que ela não estava mais em casa e provavelmente já estava morta”, afirmou Claudia.
Nesta quarta-feira (18), a polícia ouviu os depoimentos de três parentes e da empregada da família, e descobriu mais um detalhe: Geralda saiu de casa, horas antes de morrer, sem a aliança de casamento. Ela também deixou a bolsa, documentos e o celular. Ao todo, a polícia já colheu, até a noite desta quinta, o depoimento de nove pessoas no inquérito que apura o crime.
A polícia agora tenta identificar três homens que foram vistos na terça (17) no local do crime. Eles jogaram uma substância nas árvores mais próximas e derramaram um líquido ao redor da pedra na Estrada de Santa Inês. Um dos frascos que eles usavam tem um forte cheiro de óleo e ficou no local.

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