A mancha marrom se
destaca em vários pontos do mar. De diferentes tamanhos, umas permanecem
estacionadas, outras logo desaparecem por conta da maré. “Tenho um
pouco de nojo”, confessa Regimara Ribeiro, sem saber ao certo do que se
trata. Por causa da mancha no mar da Praia do Futuro, a comerciante
preferiu andar um pouco mais com a filha Bruna, de 12 anos, para um
lugar em que a água estivesse mais clara.
Valter Barbosa diz que também não sabe o motivo que levou a água do mar a ficar turva, mas não deixou de levar os filhos Gabriel e Ester, de 6 e 4 anos, respectivamente, para curtir a água. “Não evito”, afirma. O paraibano conta que essa é a primeira vez que vê a água tão marrom, mesmo já tendo vindo outras vezes à cidade.
Segundo Lincoln Davi, gestor ambiental da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), a proliferação de microalgas é a causa do fenômeno. A tonalidade marrom, ele explica, é decorrência do tipo de algas marinhas. O fenômeno, que teve início em outubro do ano passado, é observado anualmente pela Semace, e deve se estender até fevereiro.
Microalgas
“A massa de microalgas marrons não é nociva ao ser humano, mas junto a ela podem estar associadas outras algas tóxicas”, descreve Lincoln. É esse o motivo, de acordo com ele, pelo qual as áreas com esse tipo de coloração não são indicados para banho pela Semace. “Nem sempre serão provocados distúrbios, mas é melhor evitar”, aconselha.
Os problemas causados dependem do tipo de alga associada à mancha marrom. Entre os mais comuns, aponta Lincoln, estão irritação na pele e distúrbios no trato digestivo, em caso de ingestão. Segundo o gestor, as pessoas sempre confundem a mancha com poluição por óleo, mas em nenhum dos casos em que a Semace foi acionada para esse tipo de ocorrência foi detectado esse tipo de causador.
As condições climáticas do litoral fortalezense também contribuem para a proliferação das microalgas, explica Lincoln. O fenômeno, que acontece todo ano, deve se dissipar naturalmente com o movimento das marés.
ENTENDA A NOTÍCIA
A mancha marrom na água do mar é causada por uma espécie de microalgas planctônicas. No litoral da Capital cearense, há condições ideais para a ocorrência do fenômeno que, pela coloração, é confundido com poluição. Em alguns casos, pode causar danos aos banhistas.
Pontos do litoral fortalezense próprios para banho*
Caça e Pesca
Barraca Arpão Praia Bar
Barraca Itapariká
Barraca Hawaí
Praça 31 de Março
Barraca América do Sol
Barraca Crocobeach
Clube de Engenharia
Barraca Beleza
Farol
Iate
Estátua de Iracema
Volta da Jurema
Edifício Arpoador
Diários (Ponta Mar Hotel)
Ideal Clube
Ed. Vista Del Mare
Ponte dos Ingleses (Ponte Metálica)
INACE (Indústria Naval do Ceará)
Marina Park Hotel
Início da Av. Philomeno Gomes
Goiabeiras
Barraca Big Jeans
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