Segundo o Fortaleza, o meia-atacante do Ceará, Reina, estaria irregular para trabalhar no Brasil
(Foto: Divulgação / CearáSC.com)
O Fortaleza também resolveu recorrer à Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol no Ceará (TJDF-CE). Na tarde desta sexta-feira, o Tricolor protocolou acusação contra o Ceará, alegando irregularidade do atleta Reina.
Segundo o Fortaleza, o jogador colombiano não estaria regularizado para trabalhar no Brasil. O departamento jurídico do clube entende que Reina teria uma autorização para permanecer no país e não uma autorização para trabalhar.
O Tricolor entende que Reina atuou irregular em 10 partidas no Campeonato Cearense, em desacordo ao artigo 46 da Lei 9.615 (Lei Pelé), que trata de atletas estrangeiros.
A denúncia será repassada a um procurador do TJDF-CE para ser analisada e, posteriormente, será levada ao Tribunal (caso haja procedência) ou simplesmente arquivada (caso não haja procedência).
Na sexta-feira passada, o jogador foi liberado pela diretoria do Ceará para viajar até a Colômbia e renovar seu visto de trabalho. O retorno do atleta estava previsto para acontecer antes do domingo. No entanto, Reina não voltou e ficou de fora das partidas contra o Tiradentes, pelo Estadual, e contra o Paraná, pela Copa do Brasil.
Reina retornou apenas na última quarta-feira e, desde então, vem treinando normalmente em Porangabuçú. O atleta deve voltar a ser relacionado neste domingo para o jogo semifinal contra o Tiradentes, pelo Campeonato Cearense.
O Ceará divulgou, na última quarta-feira, o visto do meia Reina renovado no dia 16 de abril, com validade para mais sete meses. Segundo o clube, o atleta teria autorização para permanecer trabalhando no país até 6 de maio deste ano.
No Diário Oficial da União (DOU) do dia 19 de agosto de 2010, um despacho da Divisão de Permanência de Estrangeiros traz a seguinte informação:
- Tendo em vista que ficou demonstrada a efetiva necessidade da manutenção do estrangeiro na empresa, considerando que o processo encontra-se instruído na forma da lei e diante da informação do Ministério do Trabalho e Emprego, DEFIRO o Pedido de Prorrogação de Estada no País. Processo Nº 08015.000693/2010-63 - Javier Arley Reina Calvo, até 06/05/2012.
Assim como a diretoria tricolor não quis se pronunciar sobre o caso do jogador Guto - acusado pelo Crato de ser escalado de forma irregular -, a diretoria alvinegra também não quis se pronunciar oficialmente até que a denúncia seja de fato aceita e o clube tenha que responder judicialmente.
Nas redes sociais, a asessoria de comunicação do clube afirmou que o clube está tranquilo com as acusações feitas. Quem se manifestou pelo Twitter foi o próprio Reina, se mostrando chateado com a repercussão do caso.
- Estou chateado sim com alguns comentários que falam de mim. Mas nada disso vai me tirar do foco, minha melhor resposta pra eles será em campo.
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