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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ex-pipoqueiro, Paulo Rafael fecha o gol no Papão e põe o ídolo no banco


Goleiro Paulo Rafael - Paysandu (Foto: Gustavo Pêna)

Goleiro Paulo Rafael relembra os tempos de pipoqueiro (Foto: Gustavo Pêna/GLOBOESPORTE.COM)

Final do Campeonato Paraense de 2006 entre Paysandu e Ananindeua. O goleiro Ronaldo defende dois pênaltis e o Papão conquista o título do torneio. Um garoto em especial, de apenas 16 anos, deixava de lado a venda de pipocas no Mangueirão e comemorava a conquista do seu clube de coração. O menino era Paulo Rafael, hoje titular absoluto com a camisa 1 do time que aprendeu a torcer desde criança.
Paulo Rafael nem imaginava que um dia poderia jogar no Paysandu. Aos 14 anos, conseguiu um lugar nas divisões de base do clube. Mas o interesse era outro.
- Nunca pensei que poderia jogar profissionalmente em um time. Gostava de jogar futebol, mas eu torcia muito pelo Paysandu e queria estar perto dos jogadores e da Curuzu. A minha vontade era mais de estar lá dentro, vivendo perto do que clube, do que de pensar em jogar nele.
Porém, para Paulo Rafael não era fácil ficar perto do Paysandu. De origem humilde, morador do bairro do Benguí, em Belém, o jogador tinha que trabalhar para poder pagar as passagens de ônibus até os locais de treinamento.
- Desde criança eu tinha que trabalhar se eu quisesse treinar e ajudar a sustentar a minha família. Já fiz de tudo nessa vida. Trabalhei na feira vendendo farinha e, no Mangueirão, eu vendia pipoca, churrasco e até cachorro quente. Mas era bom porque eu vendia e ao mesmo tempo assistia um pouco aos jogos do Paysandu. Quando não tinha dinheiro, ia de bicicleta para os treinos. Uma vez eu fui pedalando do Benguí e fui até o estádio da Curuzu.  

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