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sábado, 7 de janeiro de 2012

Empresas terão até 48h para retirar entulho das ruas de São Paulo

Lixo e entulho começam a se acumular na Rua Matias de Albuquerque, no Ipiranga (Foto: Marcelo Mora/G1)Lixo e entulho começam a se acumular na Rua Matias de Albuquerque, no Ipiranga (Foto: Marcelo Mora/G1)
O novo sistema de varrição e limpeza de vias e equipamentos da capital prevê um prazo de até 48 horas para que dois consórcios, responsáveis por este serviço desde o último dia 16 de dezembro, retirem lixo e entulho de pontos viciados após a notificação pelas subprefeituras. A capital paulista produz 16 mil toneladas de lixo por dia e cerca de 2 mil toneladas são jogadas na rua.
Pela nova sistemática, caberá à Prefeitura, por meio das equipes de cada subprefeitura, a fiscalização da realização do serviço dentro das condições estipuladas pelo novo contrato, e à população, avaliar o serviço prestado.

Conforme a região, o peso da reclamação será maior ou menor. Se uma reclamação, por exemplo, for relacionada ao Centro de São Paulo, esta terá um peso maior, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria das Subprefeituras.
Com base nesta avaliação dos moradores, será gerado um índice que incidirá diretamente na remuneração a ser paga mensalmente pela Prefeitura às empresas. Desta forma, se a população estiver insatisfeita e o número de reclamações for alto, o valor a ser pago no final do mês será menor.
O contrato prevê um período de adaptação para os consórcios se adequarem à nova sistemática, inclusive criando canais próprios para atendimento à população e reclamações. Por enquanto, as sugestões ou reclamações continuam sendo feitas pelo telefone 156, pelo site da Prefeitura (sac.prefeitura.sp.gov.br ) ou pelo email limpurb@sac.prodam.sp.gov.br.
De acordo com a assessoria de imprensa do consórcio Soma, formada pelas empresas Loga, Ecourbis e Delta, o prazo de criação destes canais específicos é de seis meses. “A Soma está comprometida em antecipar esse prazo e iniciar a operação desses canais, por meio de telefone 0800, em até 30 dias”, informa, por meio de comunicado, ao G1.
Até vaso sanitário é jogado na rua em São Paulo (Foto: Marcelo Mora/G1)Até vaso sanitário é jogado na rua em São Paulo
(Foto: Marcelo Mora/G1)
Segundo o consórcio, depois de ser notificado, “a empresa seguirá uma tabela de classificação que determina as urgências de atendimento de acordo com critérios técnicos”. Os prazos, então, para a realização do serviço deverão variar “entre 2 e 48 horas”, a partir da notificação, esclarece o comunicado.
Um dos principais objetivos do novo modelo de limpeza e varrição das ruas é tentar por um fim aos pontos viciados da cidade de descarte de entulho e de todo tipo de lixo. Na maioria das vezes, são ruas ermas de pouco movimento e quase sem moradias, pequenas praças e baixos de viadutos de grandes avenidas.
O mestre de obras Fábio Martins Leal, de 38 anos, por exemplo, fez um vídeo, enviado ao VC no G1, com a grande quantidade de lixo despejada em cerca de 50 metros da Rua Albino de Moraes, na esquina com a Avenida Presidente Wilson, no Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo. No local, há vários pneus, telhas, móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, garrafas pet, embalagens de todos os tipos e tamanhos, lixo de todo tipo.
“Moro em Diadema e passo todo os dias neste local para ir trabalhar. O lixo é uma constante. O mais lamentável é que é a população em geral que joga lixo lá”, reclama Leal.
A região, aliás, que fica próxima ao Rio Tamanduateí e, por isso, mais suscetível a enchentes no período das chuvas. Ela é uma das que mais apresentam pontos viciados de descarte de entulhos.
G1 circulou por ruas do bairro e identificou vários pontos onde o entulho começava a se acumular, como na Rua Vemag com a Lício de Miranda, na Rua Matias de Albuquerque com a Barão de Resende e nos viadutos Comandante Taylor, Almirante Delamare e Complexo Escola de Engenharia Mackenzie com Estradas das Lágrimas.
“Moro em Heliópolis e passo sempre por aqui quando volto do trabalho. Sempre tem gente jogando lixo aqui. O pessoal não tem educação”, lamenta a faxineira Eduarda Maria de Andrade.
Responsável pela limpeza da área, a Soma informa “que está monitorando as áreas críticas e pontos viciados de descarte de lixo e entulho à medida que as etapas de implantação vão sendo alcançadas”.
Móveis velhos e entulho são jogados sob o Viaduto Almirante Delamare, na Zona Sul da capital (Foto: Marcelo Mora/G1)Móveis velhos e entulho são jogados sob o Viaduto Almirante Delamare, na Zona Sul da capital (Foto: Marcelo Mora/G1)

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